domingo, 2 de junho de 2013

Testemunha

Depois da passagem de alguns anos, me descubro com idade suficiente para fazer o papel de testemunha da história. De repente, me deparo com fatos tratados, hoje, como marcos de acontecimentos e mudanças, fatos que vi, sobre os quais li em muitas páginas de jornal e foram até capas de revista, mas que, hoje, já se encontram nas páginas finais dos livros de História das escolas.
Alguns fatos foram verdadeiras tragédias que tiveram por pano de fundo a violência e a desigualdade social latente, pessoas que morreram aos grupos, aos montes, gente grande, gente pequena, gente inocente e outros nem tanto.
Certos acontecimentos pontuaram escândalos políticos, forjados como fatos históricos e urgentes que ganharam força juvenil e colorida, mas de consciência política mais verde que amarela.
Alta, queda e estabilidade de preços, políticas públicas de cunho econômico e, depois, social, políticas igualmente relevantes e absolutamente complementares. Pelo menos é essa a impressão de leiga e mera testemunha que tenho daqui do meu cantinho.
Doenças do século, ausência de curas e prolongamento da vida. Mudanças de comportamento social e falta de tolerância.
Já vi até prédios no caminho de aviões (e com muita gente dentro)!... Vê se pode...
A cada momento a informação foi sendo mais rapidamente disseminada, mas o seu conteúdo se tornou muitas vezes questionável, em tempos em que o imediatismo parece ser mais relevante que a verdade.
 
O fato é que a roda tem girado rápido demais e, como viajante inserida no seu curso, em certos momentos, tenho vontade (necessidade mesmo) de me abstrair para ver se é tudo verdade ou delírio coletivo. Constatação lógica: trata-se da inexorável passagem do tempo (comigo dentro). GRAÇA A DEUS!...