O Meu BIG BROTHER

Ainda bem que você veio ao mundo para me fazer companhia, mesmo não tendo absolutamente nada a ver comigo, mesmo querendo, pensando e gostando de coisas totalmente diferentes das que eu gosto, penso ou quero.

Mas a verdade é que simplesmente não me lembro da minha vida sem você, sem que você estivesse sempre ao meu lado, mesmo sem eu nunca ter pedido. Desde criança que somos nós dois... Com o tempo, chegou mais gente e, aí, nós dois passamos a pegar na mão de mais alguém, passamos a ter que proteger outra pessoinha e, mesmo do alto da nossa infância, já éramos pais postiços e tínhamos uma “Pimentinha” de quem cuidar...

Nunca trocamos palavras, escritas ou faladas, mas trocamos sentimentos, favores de verdade, compreensão e muito AMOR, num diálogo que é todo nosso e de mais ninguém... Vemos o mundo de forma diferente e, por isso mesmo, temos um respeito mútuo e velado, nos admiramos e sabemos bem disso.

Foi você que, nos momentos mais íntimos da minha ostra - também chamada de personalidade, conseguiu me decifrar de verdade e me disse exatamente aquilo que eu estava precisando escutar, na hora certa, me disse aquilo que mais ninguém se atrevia a dizer. Você sempre esteve presente nos momentos em que a minha vida precisava conjugar o verbo RECONCILIAR.

Você foi aquele que teve as atitudes mais inusitadas e decisivas em relação aos meus erros. É você uma das principais referências que eu tenho de HOMEM com “H”, com toda a sua grosseria e sensibilidade.

Por tudo isso, só quero dizer: MUITO OBRIGADA e DESCULPA por todas as vezes que não disse: EU TE AMO, MUITO!!!  

P.S. Saudades de brincar no balanço das nossas tardes de quintal com pé de castanhola, ao som da nossa própria voz que cantava, bem alto, o hit da época, hit este que nos gabávamos por saber de cor, formando uma dupla até hoje imbatível... Nunca se esqueça: “Eu quero ser sua canção, eu quero ser seu tom...”

FLIBO - II FEIRA LITERÁRIA DE BOQUEIRÃO

De 24 a 27 de Março de 2011, em Boqueirão, cidade do Cariri Paraibano, realiza-se a FLIBO - II FEIRA LITERÁRIA DE BOQUEIRÃO. Trata-se de um encontro de literatura que prestigia a POESIA, o CORDEL e a excelente obra do paraibano ARIANO SUASSUNA, o homenageado da feira este ano. Ariano proferirá uma aula-show na feira, como ponto alto do evento.

Mais informações: flibopb.blogspot.com

PARTICIPEMOS!!! É MUITO BOM E É "DE GRÁTIS!"...

Por falar em Ariano:

"Não troco o meu ´oxente´ pelo ´ok´ de ninguém!"



COISAS QUE DEVERIAM SER INVENTADAS...

Dividindo com vocês partes de um texto muito legal que li hoje, numa revista, de uma sala de espera de um consultório qualquer...

Por: Mariliz Pereira Jorge

“Coisas que ainda não foram inventadas, mas que seriam bem úteis.

1. Gravador de sonhos – com imagem. [...]

3. Teletransporte.

4. Cama que se arruma sozinha.

5. Maquiagem que some do rosto em 12 horas. [...]

8. Documento único. [...]

10. Salto alto que não dói.

11. Remédio que elimina espinhas em 1 segundo. [...]

13. Chocolate sem calorias.

14. Alface com sabor de cheesebúrguer.

15. Tradutor instantâneo homem x mulher

– e vice-versa.

16. Exterminador de gente chata

.

17. Carros autodirigíveis.

18. Detector de mentiras. [...]

23. Esmalte vermelho que não descasca.

28. Fonte da juventude.

31. Par de brincos com um extra. [...]

34. Cadeira de trabalho que endurece

o bumbum. [...]”



Não preciso da sua inteligência encapsulada, obrigada!...

Para o desespero dos intelectuais de plantão, ainda bem que a inteligência é um dom universal. Todos os seres humanos nascem com esse mecanismo que os diferencia dos demais seres vivos. Não importa o grau de escolaridade, a cultura a qual cada um se submete, a inteligência é algo que transcende o cometimento de um erro de ortografia, ou saber de cor a tabuada de multiplicar dos 09 (nunca decorei...), vai além da quantidade de livros que você leu e acaba esbarrando nas experiências de vida de cada um.

De nada adianta estarmos em dia com o autor da vez, entender os problemas econômicos mundiais, sabermos várias línguas, sermos viciados em música clássica, assistirmos a todos os filmes do cinema francês, ou mesmo sermos os maiores ativistas de uma cultura regional, se isso for apenas uma desculpa para nos diferenciarmos dos demais, numa ilusão de que a sofisticação dos nossos quereres seja algo capaz de nos colocar numa posição acima do bem e do mal.

A crítica vazia é, na verdade, um ato de covardia e acaba fazendo dos seus adeptos apenas um punhado de seres esnobes, disfarçados de uma falsa simplicidade e ávidos por atenção. Trata-se de uma atitude contidamente frenética de quem não teve coragem de realizar e fica confortavelmente sentado, com o dedo em riste, ponto para apontar e disparar.

Lógico que não se pretende fazer aqui uma apologia à estupidez, à diminuição dos verdadeiros valores humanos, ou à banalização das imperfeições do mundo, como a violência ou desrespeito aos sentimentos alheios _ o que se pode facilmente constatar em determinadas letras de “músicas”; ou em atitudes patéticas daqueles que, sem ter realmente nada a acrescentar, fazem o papel de célebres imbecis, se colocando nas vitrines dos meios de comunicação, por nada _, até porque essas atitudes têm realmente emburrecido o mundo (com o devido respeito aos ‘BURROS’, claro)...

Mas a questão é que aqueles que admiram uma boa leitura, uma boa música, que conseguem se sensibilizar com uma pintura em tela, ou num muro de concreto, aqueles que conseguem se emocionar com uma simples cena do cotidiano, ou que têm uma dica importante sobre educação, saúde ou sustentabilidade, não podem ficar trancafiados em seus casulos inúteis apenas se distanciando de todos e de tudo. Há que se incentivar o que é bom, aquilo que precisa ser mostrado ao mundo. A beleza, apesar de ser um conceito abstrato, relativo e diversificado é UNIVERSAL.

A maior obra do Criador _ seja lá de que maneira você O conceba _ merece ser prestigiada em sua mais completa exortação. Estou falando aqui do homem e de sua inteligência. Você tem esse talento, use e abuse!... COLABORE, POR FAVOR!... 

A Solidão pelo Poetinha

A maior solidão é a do ser que não ama.

A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.

A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.

O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo.

Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno.

Ele é a angústia do mundo que o reflete.

Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.

Vinicius de Moraes

Muitas vezes, o medo de sentir dor nos faz fircar sós, ainda que em nossa própria e única companhia. Não deixa de ser uma técnica de defesa, mas que, ironicamente, pode gerar sofrimento (antecipado)... 

A Sábia Evolução da Espécie

O tempo que convivemos com alguém pode nos trair; ele pode ser o responsável pela nossa prepotência em acharmos que já somos PhD quando o assunto é aquela pessoa. Mas nos esquecemos de um simples detalhe: as pessoas mudam. É bem verdade que sua essência permanece, mas é perfeitamente possível que o ser humano evolua (na verdade, é para isso que estamos aqui...)

A partir daí, abre-se um hiato nessa convivência porque, muitas vezes, nós continuamos com velhas manias que, de repente, não cabem mais na relação e, por pura cegueira induzida pelo tempo, por comodismo mesmo, não percebemos que tudo mudou e, agora, é chagada a nossa hora de aceitar tais mudanças e mudar também.

É isso. As pessoas são diferentes e podem ficar ainda mais com o passar dos anos, a nós cabe apenas aceitar a evolução da espécie e mudar também (para melhor de preferência...)